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Gestão de estoque

Gestão de estoque: principais métodos e boas práticas

A gestão de estoque é uma estratégia indispensável para empresas que buscam eficiência e crescimento sustentável. Ela envolve o controle preciso de entradas e saídas de produtos, garantindo o equilíbrio ideal entre demanda e disponibilidade. 

Neste artigo, você vai descobrir como a gestão de estoque pode reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e melhorar a experiência do cliente, enquanto mantém os custos sob controle. 

Quer saber como transformar seu estoque em um aliado estratégico? Continue a leitura!

O que é gestão de estoque?

Gestão de estoque é o conjunto de práticas e processos utilizados para controlar, organizar e monitorar os produtos ou materiais armazenados em uma empresa. 

O objetivo principal é garantir que os itens necessários estejam disponíveis no momento certo, na quantidade adequada, e ao menor custo possível, evitando tanto a falta quanto o excesso de produtos.

Ela envolve atividades como:

  1. Controle de entradas e saídas: monitoramento de quando novos produtos chegam e quando são vendidos ou utilizados.
  2. Inventário: Acompanhamento constante dos níveis de estoque, para garantir que a quantidade de produtos armazenados esteja alinhada com a demanda.
  3. Planejamento de reposição: definição de estratégias para a compra de novos produtos antes que o estoque se esgote.
  4. Armazenamento: organização eficiente do espaço físico para facilitar o acesso e a movimentação dos produtos.
  5. Análise de demanda: estudo de padrões de consumo e vendas para prever as necessidades futuras.

Uma boa gestão de estoque resulta em uma operação mais eficiente, redução de custos operacionais, melhora no atendimento ao cliente e maior competitividade no mercado.

Por que fazer uma boa gestão de estoque é importante para sua empresa?

A gestão de estoque é essencial para garantir que uma empresa tenha a quantidade adequada de mercadorias para atender à demanda dos clientes, sem incorrer em custos excessivos ou comprometer a eficiência operacional. 

O excesso de estoque, por exemplo, pode gerar gastos elevados com transporte, armazenamento e manuseio dos produtos. 

Ao adotar práticas eficientes de gestão, as empresas conseguem otimizar seus níveis de estoque, reduzindo custos enquanto mantêm a satisfação do cliente.

Existem diversas áreas onde uma boa gestão de estoque pode fazer toda a diferença para as empresas, incluindo:

  • Controle de custo;
  • Fluxo de caixa;
  • Satisfação do cliente;
  • Eficiência produtiva;
  • Mitigação de riscos;
  • Geração de relatórios financeiros;
  • Vantagem competitiva;
  • Redução de desperdício;
  • Relacionamentos com fornecedores;
  • Tomada de decisões estratégicas;
  • Visibilidade do estoque.

A seguir, vamos explorar como cada um desses pontos pode ser aprimorado por meio de processos eficazes de gestão de estoque.

Quais são os tipos de estoque?

O estoque de uma empresa pode ser dividido em três principais categorias: matérias-primas/componentes, trabalho em andamento e produtos acabados.

Matérias-primas e componentes

No setor de manufatura, as empresas adquirem matérias-primas ou componentes para armazená-los até o momento em que forem necessários para a produção. 

Um exemplo seria o fabricante de automóveis, que compra alumínio, aço e vidro para a construção da carroceria do veículo, além de adquirir componentes prontos, como chips e peças de motor, de fornecedores especializados.

Trabalho em andamento (WIP)

Durante o processo de produção, as matérias-primas e componentes são transformados em produtos intermediários. O estoque WIP refere-se a itens que estão em fase de fabricação, mas ainda não estão prontos para venda. 

No caso da montadora, isso poderia ser exemplificado por um motor que já foi fabricado, mas ainda precisa ser transportado para outra parte da linha de produção para ser integrado ao carro.

Produtos acabados

Este é o estágio final do processo de fabricação, quando o produto está completo e pronto para ser comercializado. Em uma fábrica de automóveis, por exemplo, são os carros prontos que saem da linha de produção e seguem diretamente para as concessionárias, onde estarão disponíveis para os consumidores. 

Já empresas que não fabricam, como atacadistas e varejistas, armazenam produtos acabados para vendê-los aos consumidores finais.

É importante destacar que, em algumas situações, pode haver uma sobreposição entre os estágios de WIP e produtos acabados, dependendo do objetivo do estoque. 

Por exemplo, uma peça da carroceria do carro pode ser considerada um item em produção dentro da fábrica, mas também pode ser vista como produto acabado se for destinada a ser vendida a oficinas mecânicas sem passar pela montagem completa do veículo.

Quais são os principais métodos da gestão de estoque?

A gestão de estoque é essencial para garantir que as empresas operem de maneira eficiente e sem interrupções. Existem diversos métodos utilizados para gerenciar o estoque de maneira eficaz. Aqui estão os principais:

Método FIFO (First In, First Out)

Neste método, os primeiros itens a entrarem no estoque são os primeiros a serem vendidos ou utilizados. É especialmente útil para produtos perecíveis, como alimentos e medicamentos, onde é crucial evitar que o estoque se torne obsoleto ou expire. 

Um supermercado usa o método FIFO para garantir que os produtos mais antigos sejam vendidos antes dos novos.

Método LIFO (Last In, First Out)

O contrário do FIFO, onde os itens mais recentes a entrarem no estoque são os primeiros a serem vendidos ou utilizados. Esse método é mais utilizado para produtos não perecíveis ou itens que podem ter uma maior valorização com o tempo. 

Empresas que lidam com matérias-primas ou materiais que podem se valorizar ao longo do tempo podem usar o LIFO.

Método JIT (Just In Time)

O método JIT foca em manter o estoque o mais baixo possível, apenas comprando ou produzindo itens conforme a necessidade. Ele visa reduzir os custos de armazenagem e aumentar a eficiência. 

Empresas automotivas utilizam JIT, recebendo peças de fornecedores apenas quando são necessárias para a produção.

Estoque de segurança

Refere-se a uma quantidade adicional de estoque mantida para cobrir flutuações inesperadas na demanda ou atrasos nos fornecedores. O objetivo é evitar a ruptura de estoque e garantir que a produção não pare. 

Uma empresa que vende eletrônicos pode manter um estoque de segurança de peças mais populares, caso a demanda aumente inesperadamente.

Modelo de reabastecimento contínuo

Neste modelo, o estoque é monitorado continuamente, e as reposições são feitas automaticamente quando os níveis atingem um ponto predeterminado. 

Este sistema é muito comum em lojas e supermercados. Supermercados utilizam sistemas automáticos de reabastecimento para garantir que itens como leite e pão estejam sempre disponíveis nas prateleiras.

Modelo de ponto de pedido

O ponto de pedido define o nível de estoque no qual um novo pedido de reposição deve ser feito para evitar que faltem produtos. Esse método depende da demanda histórica e do tempo de reabastecimento. 

Uma loja online pode determinar que quando o estoque de um item atingir 20 unidades, um novo pedido será feito para reabastecer.

Análise ABC

Este método classifica os itens em estoque com base no valor de consumo e na frequência de vendas. A ideia é focar na gestão mais rigorosa dos itens que geram maior valor para a empresa (classe A), enquanto os itens com menor valor ou menor movimentação podem ser monitorados com menos intensidade (classes B e C). 

Uma empresa de e-commerce pode classificar seus produtos em três categorias, sendo que os mais caros e de maior procura (classe A) são reabastecidos mais frequentemente.

Kanban

Kanban é uma abordagem visual para gerenciar o fluxo de materiais, onde cartões ou sinais indicam quando é necessário reabastecer um item no estoque. Isso ajuda a controlar o inventário e a evitar excessos ou faltas de materiais. 

Uma fábrica de móveis pode usar cartões Kanban para sinalizar quando uma quantidade específica de madeira ou parafusos precisa ser reabastecida.

Estoque Periódico

A gestão de estoque periódico envolve a contagem e avaliação do inventário em intervalos regulares (semanal, mensal ou trimestral). As empresas que adotam este método não monitoram o estoque constantemente, mas realizam contagens periódicas para fazer ajustes quando necessário. 

Algumas pequenas lojas de varejo realizam inventários mensais para garantir que os níveis de estoque estejam corretos.

Boas práticas para uma gestão de estoque eficiente

Aqui estão algumas boas práticas para uma gestão de estoque eficiente, de forma mais concisa:

1. Faça inventários regulares

Realize contagens periódicas para garantir que o estoque físico esteja atualizado e evitar erros.

2. Use tecnologia para controlar estoques

Adote sistemas de gestão de estoque (ERP) para automação e acompanhamento em tempo real, melhorando a precisão e agilidade.

3. Adote o Just In Time (JIT)

Mantenha o estoque o mais enxuto possível, comprando ou produzindo itens conforme a necessidade, reduzindo custos de armazenagem.

4. Classifique os Itens com Análise ABC

Divida os produtos em categorias (A, B, C) para focar nos itens de maior valor e maior giro, priorizando sua reposição.

5. Mantenha estoque de segurança

Tenha uma quantidade extra de itens para cobrir variações inesperadas de demanda ou atrasos nos fornecedores, evitando faltas.

6. Gerencie o tempo de reabastecimento

Monitore o tempo que os fornecedores levam para entregar os produtos e planeje as compras com antecedência.

7. Organize o layout de armazenagem

Um armazenamento bem organizado facilita a movimentação dos produtos e melhora a eficiência no processo.

8. Revise a demanda regularmente

Acompanhe as vendas e ajuste o estoque conforme as flutuações sazonais ou mudanças no comportamento do consumidor.

9. Elimine produtos obsoletos

Identifique e remova itens que não têm saída ou que ficaram obsoletos, liberando espaço para produtos mais demandados.

10. Acompanhe indicadores de desempenho

Monitore KPIs (como giro de estoque e taxa de rupturas) para avaliar a eficácia da gestão e fazer ajustes quando necessário.

Essas práticas vão te ajudar a manter o estoque organizado, eficiente e com custos controlados.

Conclusão gestão de estoque

A gestão de estoque eficiente é essencial para o bom funcionamento de qualquer empresa, impactando diretamente a produção, os custos e a satisfação dos clientes. 

Ao adotar práticas como a contagem regular do inventário, a utilização de tecnologias de gestão, a classificação dos itens por importância e a manutenção de estoques de segurança, as empresas podem otimizar seu fluxo de mercadorias, reduzir desperdícios e evitar falhas no abastecimento. 

Além disso, ao monitorar constantemente a demanda e ajustar o estoque conforme necessário, é possível melhorar a rentabilidade e a eficiência operacional.

Uma boa gestão de estoque não apenas evita excessos e faltas, mas também contribui para uma operação mais ágil e com custos controlados, criando um ciclo de melhoria contínua que beneficia todos os aspectos do negócio. 

Assim, a chave para uma gestão de estoque de sucesso está na combinação de estratégias bem planejadas, ferramentas tecnológicas adequadas e uma gestão atenta e proativa, sempre focada nas necessidades do mercado e nos objetivos da empresa.